quinta-feira, 10 de março de 2016

Mídia X Artes Marciais Mistas: As Indas e Vindas dessa relação

                                                                                                                 Por: Carol Meneses
  

  
   A mídia, com seu papel de informar( o que significa não apenas relatar fatos, mas também “formar a mente”, como já dizia Briggs, 2004), tem o poder de engrandecer um esporte, ou mitificar um atleta através do seu poder de persuasão. Isso pode ser , claramente, percebido com o crescimento das artes marciais mistas( MMA), no Brasil.
   O MMA, na época conhecido como VALE TUDO, foi criado, no Brasil, por lutadores de artes marciais para descobrir qual era a arte marcial mais poderosa, e por não existir profissionalismo e conter bastante confusão e seus “gladiadores” era visto com maus olhos perante não somente à sociedade, como também à imprensa. Com o tempo o  VALE TUDO  foi tomando ares de esporte, ficando  organizado e regularizado e com menos brigas de ruas, e com isso se tornou popular no exterior, principalmente no Japão com o extinto PRIDE( que foi o primeiro evento de MMA que equilibrou entretenimento negócio e esporte de alto desempenho), porém não perdeu a má fama em seu país. Os  lutadores eram bastante respeitados e exaltados, pela semelhança com os samurais, esse foi o caso dos brasileiros Vitor Belfort, Anderson Silva, Maurício Shogun, Ricardo Arona, Paulo Filho, entre outros. Ou seja, eram ídolos no Japão e no exterior, porém desvalorizados no Brasil.
  No início de 1993,o brasileiro, lutador e professor de Jiu Jitsu nos EUA, Rorion Gracie teve a ideia de criar um evento de Vale Tudo nos EUA,o War of the Worlds, ou WOW, e escolheu, junto com o publicitário californiano Art Davie, o Colorado por ser um dos 6 estados que permitiam a realização de um combate sem luvas, e por ser dentre eles o mais central e liberal. Após a escolha do local, a dúvida era qual seria o palco para as lutas, e com a ajuda de John Millus, escolheu o modelo com um formato de octógono que impediria que o lutador ficasse preso no corner e que assim a luta não fosse interrompida a qualquer momento, como ocorria no boxe.
   E no dia 12 de novembro de 1993, o apresentador do evento acabou errando o nome do evento, e o chamou de “ The Ultimate Figthing Challange”, e assim nasceu o que se tornaria maior evento de MMA do mundo. Com o decorrer do tempo,  os sócios de Rorion começaram a exigir algumas mudanças no  evento, como a estipulação de tempo para cada round. Essa mudança ocorreu no UFC 4, porém Rorion não concordou com esse novo UFC e bateu de frente com seus sócios, que não aceitaram a decisão de voltar ao padrão dos primeiros eventos, sem limite de tempo, e o brasileiro teve que vender sua parte. Pouco tempo depois, Royce Gracie,  irmão de Rorion e primeiro campeão do UFC, se afasta do MMA.
   O UFC 6, o primeiro sem os Gracie, e na época em que a cobertura jornalística no Brasil era restrita apenas a TATAME( revista voltada para cobrir matérias sobre o Jiu Jitsu, foi transmitido, em videoteipe, pelo recém-criado SporTV, e trazendo um pouco de popularidade. Essa popularidade não foi maior, pois a imprensa brasileira apesar de registrar o protagonismo nacional em vez de investir no esporte, continuava enfatizando a violência do mesmo.
   Os profissionais desse esporte passaram a buscar um treinamento em diversas modalidades e não apenas em uma, o que resultou no MMA como é conhecido hoje em dia e com essa junção de variadas artes marciais, tiveram que unificar algumas regras de cada uma, outro ponto importante para a valorização ainda maior do esporte, foi a venda do UFC para a empresa Zuffa, que tem como sócios os irmãos Lorenzo e Frank Fertitta e o promotor de Boxe Dana White, e com essa venda  surgiu a criação de um reality show, em 2005,chamado “The Ultimate Fighter”  que revela lutadores que ganharão a chance de atuar nos octógonos do UFC.  O UFC, na época ainda dividia a atenção dos amantes do esporte com o PRIDE FC, porém devido a comentários relacionando o evento de MMA à Mafia Japonesa (Yakuza) o PRIDE foi perdendo seu espaço até ser vendido para a ZUFFA, em março de 2007. A ideia inicial era manter ambos os eventos, porém com a transferência 
   Com o sucesso que o esporte alcançou internacionalmente, a REDE TV passou a transmitir as lutas e assim ganhou bastante audiência, a  Rede Globo, percebendo isso comprou, com exclusividade, os direitos do UFC, muitas vezes a transmissão desta emissora foi  criticada pelos internautas por anunciar como ao vivo mesmo não sendo, e também lançou a primeira edição do The Ultimate Fighter Brasil- TUF Brasil, em 13 de dezembro de 2011, o que aumentou, e muito, a popularidade do esporte no Brasil, tanto que além de fazer algumas edições do UFC no Brasil, aumentou o número de eventos de MMA nacional, como o Jungle Fight, WOCS, Shotto, entre outros, e ainda aumentou o número de pessoas em academias que buscam não apenas artes marciais separadas, como também as artes marciais mistas, seja com objetivo de se tornar um profissional do esporte, como para ter uma vida mais saudável. Pensando nesse último motivo as mulheres passaram a treinar esse esporte, e algumas acabaram se apaixonando tanto, que decidiram optar também pelo lado profissional. O que não era bem visto pelos donos de eventos, até que, com o apoio da mídia, por acharem atraente para os homens, pela beleza das lutadoras, ao mesmo tempo em que atraem as mulheres, que já não querem mais aquele paradigma de que mulher é sexo frágil.
Duas guerreiras do MMA feminino.
  Muitos atletas foram criados pela mídia,  seja com base na história de vida de cada um como até mesmo pela beleza. Anderson Silva, os irmãos Nogueira( Minotauro e Minotouro), Ronda Rousey foram alguns dos considerados queridinhos da mídia.Mas se engana quem acha que essa relação foi proveitosa  somente ao MMA, essa influência da imprensa também favoreceu a  própria mídia, isso porque aumentaram os meios de comunicação falando sobre o assunto. É possível encontrar na internet vários sites, blogs e portais falando sobre esse assunto, assim como nos jornais e na televisão, essa última ainda aproveitou o esporte para colocar em suas tramas de novela, como aconteceu na novela Fina Estampa, em que o ator Dudu Azevedo dava vida ao lutador de MMA Wallace Mu, e contou com a participação de lutadores como Anderson Silva, Irmãos Nogueira e o ex PRIDE Ricardo Arona, este último ainda foi o árbitro da luta final da novela. Outra trama global, que trouxe as artes marciais para dentro das telinhas, foi a Malhação Sonhos, que contava a história de dois grupos rivais de lutadores e de uma escola de artes cénicas, músicas e canto, o que trouxe muitos praticantes e apaixonados por artes marciais a acompanhar novelas.
   Um ponto que favorece a ambos, é a propaganda, isso porque a mídia mostra aos espectadores os atletas, os materiais esportivos (roupas, equipamentos, etc.), uma academia de lutas, e em troca os mesmos pagam um valor determinado por um certo período de tempo.
  Porém, essa relação, assim como em um romance, também possui altos e baixos, isso pode ser percebido  no esporte quando  vários lutadores reclamam da data de validade de um atleta, ou seja, antes era valorizado e considerado herói  e depois acaba sendo criticado como se não fosse um nada, como se tudo o que ele já fez pela história do esporte fosse apagado, outro ponto fraco para o esporte, é a  perda do equilíbrio, em alguns eventos, que valorizam mais a parte  do entretenimento (do show) do que a do esporte, devido a busca pela audiência. Já na parte da mídia, a mesma precisa mudar toda sua grade de horário para atender as necessidades do evento, ou então transmite depois e é criticada pelo atraso.

   É possível concluir que os pontos fortes dessa relação superam os fracos, e que não existe nenhum “vilão” ou “mocinho” nessa história, o MMA necessita da mídia assim como a mídia precisa do MMA, ou seja eles se completam, se favorecem mutuamente. Se o MMA não tivesse o apoio da mídia, ele não seria nem metade do que é hoje, isso já foi provado no passado na época que o vale tudo era considerado violento e não era divulgado pela mídia brasileira, e assim os atletas não eram valorizados ganhavam pouco, além de correrem riscos em eventos “piratas”, e o esporte não cresceria, assim como a mídia na época não tinha a oportunidade de conhecer o esporte maravilhoso que é o MMA, a força de uma pessoa atrás de um sonho, e nem veria o grande aumento de projetos sociais envolvendo MMA  e outras artes marciais com o objetivo de tirar as crianças de comunidades carentes do mundo do crime e das drogas, ou essa busca pelas artes marciais em academias seja pela saúde ou para se defender. O que não pode acontecer é perder o equilíbrio entre o espetáculo, o entretenimento e o esporte de alto desempenho, seja no evento em si, ou no atleta.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Jéssica “Bate Estaca” Andrade faz campanha para lutar no UFC de Curitiba

                                                                                                        Por: Carol Meneses
   

   As redes sociais são consideradas o maior meio de comunicação utilizado na atualidade, isso acontece por diversos motivos e o principal deles é a interatividade presentes nesse meio. Muitas pessoas têm usado esse meio para fazer variados tipos de campanhas: contra a corrupção, a favor de um determinado grupo, e também para participar de algum evento, e foi pensando nesse último que  amigos e fãs da lutadora paranaense Jéssica “Bate Estaca” Andrade, 24 anos, resolveram fazer uma campanha pedindo que a guerreira lutasse no UFC 198, que acontece em Curitiba, e publicaram uma foto com a Hashtag #ANDRADEUFCCURITIBA.
  A atleta que se sente muito feliz por poder representar o Brasil, e sua equipe (PRVT), em uma organização (UFC), que todos os lutadores sonham em chegar. E Jéssica, que mora e treina em Curitiba, pensou que representar o Brasil em solo brasileiro seria ainda mais emocionante e uma grande conquista. A campanha está viralizando as redes sociais e atraindo bons resultados, um desses bons resultados foi a curtida de Giovani Decker, executivo do UFC no Brasil. A guerreira, que afirmou que não tem uma adversária em mente, qualquer uma que aceite enfrentá-la seria uma boa disputa, conta que o único contra de lutar em casa é a responsabilidade de fazer bonito, mas comenta que com o apoio da torcida compensa.
  O maior sonho de “Bate Estaca” dentro dos octógonos é conquistar o cinturão e levar a bandeira de sua equipe ao topo, e fora deles é o de ajudar a família a ter uma boa vida. Jéssica deixou um recado aos fãs: “Para meus fãs agradeço por tudo, pela lembrança do meu nome logo assim que foi anunciado o evento,  peço que me ajudem nessa campanha para que eu possa estar lutando em casa, pois tenho certeza de que vou chegar lá e vou fazer valer a pena todo o esforço deles.”
   E também deixou um conselho para as mulheres, já que estamos no mês da mulher: “Para as mulheres o meu recado é que elas nunca desistam, não importa o que aconteça, tenham força de vontade, persistência e fé, porque sempre terá bons resultados.”


segunda-feira, 7 de março de 2016

Amauri Carpes: Quando a vida imita a arte.

                                                                                                             Por: Carol Meneses

    As artes marciais estão presentes em diversos filmes, e muitas vezes esses filmes se tornam fontes de inspiração para diversos lutadores. Esse foi o caso do Amauri “El Diablo” Carpes, de 20 anos começou a treinar Muay Thai porque queria aprender a lutar como os personagens dos seus filmes e desenhos preferidos, e acabou se apaixonando não apenas pela luta em si, mas pelo respeito, paciência e dignidade que vieram junto.
  Amauri, que além do Muay thai também pratica caratê, boxe, Jiu Jitsu e MMA, é um dos representantes da equipe “Clube de Luta Panambi” e vê a sua estreia nas artes marciais como e melhor luta da sua vida. Por falar em lutas, “El Diablo”, que migrou para o MMA pelo fato de poder misturar diversas artes marciais, se sentiu prejudicado em sua última luta de MMA contra Jesse Douglas Souza e disse: “treinei, desidratei para chegar na luta e me roubarem.”
   O guerreiro vem se preparando psicológica e fisicamente para entrar no octógono e vencer a sua próxima luta, que acontece no dia 12 de março de 2016,onde enfrenta o lutador Sombra de Rio do Sul, pelo evento Adrenalina Fighting Panambi. Um dos sonhos do lutador, além de lutar pelo UFC( é claro), é se tornar professor do esporte para poder passar os seus conhecimentos para os seus futuros alunos.

   Amauri Carpes deixa um recado para aqueles que pretendem correr atrás do seu sonho, seja dentro ou fora das artes marciais: Lute mesmo que o mundo te diga não, treine pesado, não seja só mais um: faça a diferença à arte marcial, nunca subestime ninguém, seja honesto, ninguém sabe tanto que não possa aprender e ninguém sabe tão pouco que não possa ensinar... respeite seu mestre, seja leal porque se não fosse ele, você não seria nada.... Só quem caminha chega onde quer chegar... lutar sempre, ganhar as vezes e desistir nunca.”

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Itacoatiara e as Lutas: Uma União que veio pra ficar.

                                                                                                              Por: Carol Meneses
    
Os irmãos no Costão de Itacoa em um dos treinos
   A praia de Itacoatiara, localizada em Niterói, e conhecida como paraíso tanto pela beleza natural, quanto pela beleza das pessoas que a frequentam. Itacoatiara, ou Itacoa para os íntimos, que significa “Pedra Riscada”, é point certo de surfistas e já recebeu diversos campeonatos. Mas “Itacoatiaradise (mistura de Itacoa com paraíso) não vive apenas de surf e outros esportes aquáticos, o lugar também é palco para diversos esportes, inclusive para as artes marciais e outros tipos de lutas, e quem comprova isso são os irmãos Richard e Philip Clarke.
    Richard Clarke, MasGuru(Mestre)4 hagdan(grau) no Kali Silat, iniciou seus treinamentos em 1999 com o masguru Paulo Albuquerque, e é reconhecido em 4 escolas de Kali e 1 de Silat, além disso também é mestre em 4 grau de Kombato, ciência da proteção. Já Philip, que iniciou seus treinamentos no Jiu Jitsu ainda aos 9 anos, é  faixa preta da equipe PRVT, professor e responsável pela arte suave no Projeto Geração Careta, e considera que a arte suave não é somente um esporte, mas também um estilo de vida com valores como respeito e hierarquia. E a relação de ambos com Itacoa é tão forte que eles quiseram levar para a praia preferida, o estilo de luta que amam.


 Um dos pontos fortes, na opinião do Richard, para a ideia de treinar fora do ambiente de academia foi o fato do Kali Silat, nas Filipinas, ser praticado, em sua maioria, fora dos dojos, em florestas ou praias, e são chamados  de treinos tribais. No caso da arte suave não foi muito diferente,pois de acordo com Philip, o Jiu Jitsu desde que foi criado como arte marcial também esteve ligado à natureza, e destacou que as artes marciais, em sua maioria, nasceram para “imitar” os movimentos dos animais, e que corridas, escaladas, treinos e todas as atividades extra academia ajudam a revigorar e renovar o espírito marcial. E a praia escolhida por ambos foi Itacoa, o paraíso natural com areia, mar e montanhas, receptível para vários esportes, e que traz energia revigorante para todos eles.
   Quanto aos prós e contras dos treinos serem ministrados nessa praia, há uma leve divergência entre os irmãos Clarke. Richard classifica que só existem prós, e que quando se tem disciplina não se perde o foco, e que o local faz o aluno se conectar e focar ainda mais. Philip concorda em partes já que considera os prós como variação de ambiente, utilização de estímulos, descontração e maior integração dos alunos, mas admite que existem os contras como: tempo, deslocamento e condições climáticas.

    Tanto os alunos de Kali Silat quanto os de Jiu Jitsu adoram os treinos no paraíso, além de ficarem ansiosos e com isso o treino rende mais, ainda rola uma “prainha” de recompensa. E os treinos das duas modalidades são abertos para pessoas que seja fisicamente saudável e do bem. No caso da arte suave o treino é combinado de acordo com a disponibilidade dos alunos, já com o Kali Silat é necessário fazer uma inscrição. Em ambos os casos a melhora no desempenho e uma maior aproximação do grupo é perceptível.

Os irmãos guerreiros ainda deixaram um recado tanto para os professores de artes marciais e outros tipos de luta, quanto para os alunos:
  • Richard Clarke: Senhores, tentem levar a natureza aos alunos, alunos tentem ir a natureza, mais tarde vão ter ótimas lembranças . Mabuhay! ( vida longa );
  • Philip Clarke: Para os professores, que certamente já fazem algo do tipo, ou mais.. Mas para quem não faz... FAÇA!!! Só tem a ganhar... Além do que falei acima, melhorar a aderência dos alunos à modalidade. Aos alunos... Se informem, fiquem atentos e participem... Todos têm a ganhar e conhecer uma nova abordagem a uma atividade ou arte marcial...Osss

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

MMA X Vale Tudo

                                                                                                       Por: Carol Meneses
   
Luta de Vale Tudo com adversários de pesos diferentes
  Algumas pessoas ainda acreditam que o Vale Tudo e as Artes Marciais Mistas são a mesma coisa, mas na verdade o MMA pode ser considerado uma evolução do antigo Vale Tudo, que era mais visto como uma “rinha” humana do que como um esporte em si. É verdade que ambos os esportes aceitam todas as modalidades de lutas.
  Porém, uma das grandes diferenças é exatamente que no Vale Tudo o atleta utilizava e treinava apenas uma modalidade para vencer o adversário de outra modalidade e provar a superioridade da sua luta, além de não ter quase nenhuma regra, inclusive não existia a separação por peso.
  Ao longo dos anos isso foi mudando, e a maioria dos atletas passaram a treinar diversas modalidades e assim se tornar um lutador “completo”. Outras características que fizeram o VT evoluir para o MMA foram a criação de um novo espaço para as lutas (octógono) e a implementação de regras: seja pela divisão das lutas por peso, ou pelas proibições a seguir:
Luta de MMA com atletas e árbitro.
  1. Cabeçada;
  2. Dedo no olho;
  3. Mordida;
  4. Puxar cabelo;
  5. Ataque à boca do adversário com a mão;
  6. Ataques à virilha;
  7. Enfiar o dedo em qualquer orifício (corte ou laceração) do adversário;
  8. Manipular as articulações do adversário;
  9. Ataques à coluna ou parte atrás da cabeça;
  10. Golpear usando a ponta do cotovelo de cima para baixo;
  11. Qualquer tipo de ataque à garganta;
  12. Beliscar e arranhar;
  13. Agarrar a clavícula;
  14. Chutar a cabeça do adversário que está no chão;
  15. Atingir com o joelho a cabeça do adversário quando ele estiver no chão;
  16. Atacar o rim do adversário com o calcanhar;
  17. Arremessar o oponente de cabeça no chão;
  18. Atirar um adversário para fora do octógono;
  19. Segurar o calção ou luvas do adversário;
  20. Cuspir no adversário;
  21.  Ter uma conduta antiesportiva que cause algum dano ao adversário;
  22. Segurar nas grades do octógono;
  23.  Atacar o adversário durante os intervalos;
  24.  Atacar o adversário que está sob os cuidados do juiz;
  25. Atacar o adversário após a campainha ter anunciado o final do round;
  26. Desrespeitar as instruções do árbitro;
  27. Evitar contato com o adversário, deixar cair intencional ou insistentemente o protetor bucal ou fingir uma lesão;
  28. Interferência da equipe do lutador dentro do ringue;
  29.  Jogar a toalha durante a competição.




quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Camp Girls da PRVT divou na Baixada Fluminense

                                                                                                              Por: Carol Meneses
Atletas PRVT e organizadores do evento( Foto: Michael Pereira)

  Na última sexta feira( 29), o Shopping Grande Rio,  recebeu um evento que abalou as estruturas da Baixada Fluminense com grandes exemplos femininos, não estou falando de desfiles de moda ou peças de teatro, me refiro as divas do MMA. Logo  na entrada do shopping montaram uma estrutura de treino aberto ao público, que conseguiu acompanhar de perto a preparação das atletas de uma das maiores equipes de MMA do país. Além das PRVT Girls, o evento contou com apresentações de Ju-Jutsu, ring girls, treino da Beto Padilha Team e a presença de campeões com seus cinturões que moram na região, o público ainda teve a oportunidade de tirar fotos com a réplica do cinturão do UFC.
   As principais atrações da noite foram as atletas da PRVT, que estão em fase de treinamento para realizar uma boa temporada em 2016, entre elas estão Jéssica Bate-Estaca do UFC, que era o principal nome do time no evento, Istela Nunes e Mariana Morais, ambas do Invicta FC e as lutadoras do XFC, Jady Menezes e Priscila Souza( essa última também é campeã do Shooto Brasil). As atletas realizaram treino aberto e interagiram  com o público mostrando como é a preparação de uma atleta de MMA. A guerreira Jéssica Bate-Estaca elogiou bastante o evento:  “O evento foi bem legal, bem organizado, está divulgando legal o esporte, o MMA em si. Achei muito bacana e espero que outras pessoas tomem também essa iniciativa de trazer o MMA, o Jiu-Jitsu, o Kickboxing para o público para eles conhecerem um pouco e verem como esporte.”
Treino aberto( Foto: Michael Pereira)

 Outra equipe a fazer treino aberto foi a Beto Padilha Team, e trouxe o ex participante do TUF Brasil 3, Cabo Job, como atração principal. A apresentação de Ju-Jutsu ficou por conta da Hokutoryu e mostrou ao público um pouco mais dessa modalidade. Outra atração especial do evento foi a oportunidade de tirar foto com a réplica do cinturão do UFC.

Equipe do Evento( Foto: Fabio Caxias)
   O shopping teve movimentação diferenciada do habitual, pois ao invés da procura por produtos e serviços inerentes à um shopping, o corre corre foi para chegar perto dos atletas e ídolos dos esportes de lutas da região. O público empolgado foi muito participativo e teve a oportunidade de ganhar alguns brindes dos parceiros do evento.

domingo, 31 de janeiro de 2016

NCE4: Um espetáculo do MMA na Zona Norte do Rio.

                                                                                                        Por: Carol Meneses

Jéssica X Amanda( Foto: Vitor Reis)
        Quem foi que disse que espetáculos são coisas apenas do teatro, desconhece os eventos de MMA. Exemplo disso foi a 4ª edição do New Corpore Extreme, que aconteceu no CT da New Corpore Fight, em Irajá, aumentou a temperatura da zona norte do Rio, mesmo com a ausência de duas lutas, das 17 programadas, que tiveram que ser retiradas em cima da hora, uma foi entre Lucas Tenório e Alex Ferreira por conta de uma grande grande inflamação no atleta Alex, e a outra foi o co-main event entre Jhonny Cyborg e Jonathan Back Luiz, Jonathan não bateu o peso e por isso o duelo não aconteceu. Entre todos os 15 combates, apenas 5 foram decididos pelos árbitros, e um deles foi declarado empate. Entre os outros duelos, 7 acabaram em nocaute e os 3 restantes por finalização.
  Uma das lutas mais esperadas da noite, foi entre a atleta do UFC, Jéssica Bate Estaca, da PRVT, e a perigosa Amanda Monteiro, da GFTeam. Jéssica dominou a luta e finalizou Amanda com uma bela guilhotina arrancando, assim, aplausos do público presente. Outra luta que mexeu com as estruturas do evento foi a luta de inclusão, Davi Escorpião, do Projeto Semear, originário do Jiu Jitsu,  utilizou todo seu veneno no chão e com uma guilhotina recebeu de seu adversário, Luciano Magé, os três tapinhas, que significam a desistência do combate.

Confira os resultados oficiais:
·         Até 52Kg – Thaisa Gasparoto (PRVT) venceu Priscila Gomes (Relma Combat) por nocaute técnico aos 48 segundos do 1o round.  
·         Até 61kg - Alexandra Blauth (Rio Extreme Fight) venceu Juliana Aquino (War Machine) por finalização (Armlock) aos 2:17 do 1o round
·         Até 77Kg - Roberto de Oliveira (Rio Extreme Fight) venceu Ednei Moraes(Equipe Raya) por nocaute técnico aos 3:40 do 1o round.
·         NO GI Até 57Kg - Mariana Morais (PRVT) venceu Bárbara Alencar (GFTEAM) por duas vantagens.
·         Até 70Kg – Alédio Ferreira (Ln Team) venceu Emerson Serra Elétrica (Faixa preta de Jesus) por nocaute técnico aos 0:39 do 1o round.
Davi Escorpião X Luciano Magé(foto: Vitor Reis)
·         Super Luta – Davi Escorpião (Semear Marciais) venceu Luciano Magé (Vira Bicho) por finalização (Guilhotina) aos 1:27 do 1o round.
·         Até 66Kg - Marlon Baiano (Rio Extreme Fight) venceu Ronilton Garcia (Relma Combat) por decisão unânime.
·         Até 54Kg - Karoline Martins (Rio Extreme Fight) venceu Jamile Farias (PRVT) por nocaute técnico aos 3:08 do 1o round.
·         Até 57Kg – Ronaldo Ferreira (Rio Extreme Fight) e Thadeu Soares (Vieira’s Team) empataram após três rounds;
·         Até 52kkg - Istela Nunes(PRVT) venceu Thais Camila (Mangueira Team) por decisão unânime;
·         Até 70 Kg - Sidney Oliveira (Rio Extreme Fight) venceu Giovanni Raya (Equipe Raya) por nocaute técnico aos 4:40 do 2o round
·         NO GI Até 57kg - Jéssica Bate Estaca (PRVT) venceu Amanda Monteiro (GFTEAM) por finalização (guilhotina) aos 5:10;

·         Até 52Kg - Valesca  Machado (War Machine) venceu Nayara Hemily (Rio Extreme Fight) por decisão unânime.